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terça-feira, 24 de março de 2015

What Can I Do - Parte 33


LEE SEUNG HYUN VERSION ON.

                    Apesar do álcool no meu sangue pude reconhecer Iseul rapidamente, minha antiga paixão, a mulher que estava ao meu lado no meu momento mais difícil, o antigo Lee Seung Hyun  egoísta, imaturo e perdido, suas feições continuavam as mesmas apesar de algumas poucas e quase imperceptíveis linhas dos anos em que não estavámos juntos, ela continuava linda e sua essência havia mais maturidade do que a última vez que a vi. Sua presença me deixara um pouco inquieto e confuso, a olhei fixamente por alguns momentos tentando imaginar o porque da sua aparição após todo esse tempo, meu olhar podia estar um pouco perturbador naquele momento, porém era apenas as engrenagens do meu cérebro tentando entrar em um consenso, antes de prosseguir com o diálogo a olhei nos olhos e me perdi , talvez ela estar ali na minha frente com aquele sorriso despreocupado significava mais para  meu coração embriagado e em chamas do que aparentava. Fui despertado da minha conversa interna com algumas palavras que saíra da sua boca e que sinceramente tinha soado como um zumbido. 

–– O que ? –– Pedi para que repetisse.
–– Está tão surpreso assim em me ver ? –– Ela se debruçava sobre a mesa com a intenção de conseguir a minha atenção.
–– Na verdade sim, estou até meio confuso. –– Deixei escapar um riso sem graça.
–– Não seria culpa disso ? –– Acompanhei com o olhar seu dedo apontar para a minha bebida.
–– Agora … posso dizer que é só um pouco culpado. 
–– Está com problemas ? ––  Seus olhos se tornaram nostálgicos. –– Sempre se sentava ai e olhava para o mesmo lugar quando não sabia o que fazer, entrava em seu mundo de pensamentos.
–– Você sempre me conheceu muito bem. ––  Coloquei o braço sobre a mesa e segurei uma de suas mãos. 
–– Não posso te consolar como antes, mas eu posso tentar te ajudar. 
–– Então vamos para um bar.

                    Fomos até um bar próximo, pedi uma garrafa de whisky e falamos do passado como se fôssemos crianças falando das aventuras no bairro, a cada copo que era virado, a cada bater da pedra de gelo no copo, minha visão ficava turva e sentia minha voz amolecer, o controle de minha ações parecia estar distante, me sentia impotente como quando fiquei ao descobrir como quem eu confiava todo o meu ser não conseguia se entregar de corpo e alma assim como eu fizera. Pedi outra garrafa, meu rosto começava a exalar calor, e as risadas que Iseul e eu soltávamos com o passado soavam como uma ironia, se assemelhavam a gargalhadas de alguém pregando peças em pessoas inocentes, após desse cenário fatídico eu não me lembrava de mais nada. Acordei devido a dor de cabeça que latejava, levantei apesar da visão embaçada meu corpo ansiava por um copo de água, por causa da moleza nas pernas acabei por cair no chão, fechei os olhos por um momento e ao reabrir meus olhos já estavam se acostumando, então percebi que estava em um apartamento modesto e pequeno que eu nunca vira na vida, de alguma forma lembrei do meu encontro com Iseul na noite passada e liguei os fatos. Fui até o banheiro fazer minhas necessidades e me lavar daquele cheiro de álcool e da sensação amarga que me perseguia. Mais tarde encontrei a proprietária do apartamento dormindo profundamente no sofá, a observei por um instante, sua respiração revelava seu cansaço que provavelmente se acumulava ao passar dos dias, passei meu braço por debaixo de seu corpo e a levei para a cama, antes que eu a cobrisse seus olhos se abriram.

–– Hmmm, você mudou, antes me comeria viva nesta situação. –– Como um reflexo me aproximei dela na tentativa de um beijo, mas fui bloqueado por uma de suas mãos. –– Iseul, vamos tentar de novo ...
–– Eu só estava brincando, já perdi a minha chance de ter você, não me arrependo de ter te deixado… –– Iseul se sentou na cama e agarrou uma de minhas mãos. –– Escute bem Seungri, você pode achar que nosso encontro é o destino, talvez seja, mas não para andarmos juntos e sim para que eu pudesse te guiar, não tente se enganar, você não percebeu mas só está procurando um jeito de fugir, sua raiva não é maior que seu amor porque você está sofrendo, mesmo tentando se esconder suas lágrimas saem sem que perceba, se deixar como está talvez nunca consiga se resolver, viverá com esse peso de que sequer tentou fazer algo, independente do que seja, se for encontra-la só para xinga-la ou para fazer algumas perguntas, ela foi uma megera egoísta, mas não dá pra falar que ela não se importava nem um pouco com você, então vá procura-la e exija respostas, não pense se você vai se parecer, só o faça. 

                    Não consegui me conter e deixei cair uma gota, como mágica as palavras de Iseul organizava o que eu quase enlouqueci para concluir, ela estava certa, eu precisava tirar esse peso. 

LEE SEUNG HYUN VERSION OFF. 

                    Escura, amarga e gélida, minha volta para “casa” estava concluída, estava na hora de me encontrar com o meu pai, um sujeito forte com diálogo macio porém com significados e intenções ameaçadoras, Minami Hiromu era a minha governanta pessoal, ela era quase como uma sombra em casa, após a minha chegada, Hiromu me banhou, apesar da água quente, eu me sentia fria, fui vestida com um vestido de gola e mangas compridas azul petróleo acompanhado de meias pretas, enquanto faziam tudo por mim eu podia sentir a morte pairando sobre mim e meu coração parecia estar aos poucos se silenciando, minhas pernas tremiam enquanto traçavam o caminho até a sala de meu pai,quando a porta se abriu ao envés de uma abraço e palavras calorosas eu recebi um tapa no rosto, cai no chão com o baque, me levantei de cabeça baixa mesmo sem ter forças e nem vontade de o fazer. 

–– Nunca mais fuja. - As palavras eram proferidas calmamente, porém o medo real do que elas significavam me atingiam eficientemente. –– Amanhã você estará indo para os Estados Unidos para fazer a cirurgia e prosseguirá com o tratamento e os estudos sobre a empresa em uma ilha no mediterrâneo até poder me substituir e criar um herdeiro. - Parecia um discurso positivista de um pai preocupado com a saúde e futuro da filha, mas era totalmente diferente, para o meu pai eu era um departamento de investimento para sua empresa, basicamente um objeto.
–– Não quero … –– Mesmo com o ato rebelde eu não conseguia olhar em seus olhos. –– Prefiro morrer do que viver sob suas condições. 
–– Não pode morrer sem que eu me torne avô antes. –– Ele se levantou e o tremor começou a correr por todo o meu corpo, meu pai não queria um neto e sim garantia de um herdeiro de sangue. 
–– Não … não vou te dar um neto com o homem que você escolher, eu não faria o meu filho passar a vida inteira dele sem saber o que é liberdade … –– Ainda de cabeça baixa fiz contato ocular e como sempre meu pai não mexia um músculo do rosto para se expressar, apenas sua boca se mexia.
–– Não fale assim … eu só quero um neto para me fazer companhia, para que eu possa mima-lo. –– Ele moveu sutilmente os lábios em um sorriso o qual escondia sua ironia, seguiu sua ação com um movimento com os dedos que fez seu secretário leal se mover até uma pequena gaveta na mesa de meu pai e vir até a mim me entregando um envelope, o segurei desconfiada e com medo. –– Abra. –– O medo fazia com que eu abrisse aquele papel pardo lentamente, seu conteúdo revelou-se ser fotos, imediatamente meus olhos se dilataram e minhas mãos ficaram trêmulas, tentei controlar a minha mente e pensar que não devia mostrar nenhuma reação, talvez me importar menos faria com que aquela ameaça com as fotos de Seungri que me relacionavam com ele mostrasse ao meu pai que não adiantaria, que não mexeria comigo, precisaria fazer o que fosse para protege-lo. –– Realmente não quer se submeter ao tratamento ? Eu estava a par do que estava fazendo, eu me preocupo com a minha filha, só tive que te trazer a força e envolver sua mãe nisso porque não há mais tempo, já deixei você se divertir o suficiente, não quero usar os artifícios que tenho contra a minha querida filha. 
–– Se o senhor se preocupa tanto comigo então atenda o meu pedido.
–– Um pai não deixa a própria filha morrer assim. 
–– Um pai não quer ver a filha triste.
–– Então vou ter que escolher o seu bem. Tanaka acabe com a carreira desse sujeito. –– Ao ordenar aquilo meu corpo começou a entrar em desespero e minha cabeça doer fortemente
–– Só foi um caso, ele não é importante. –– Menti enquanto eu tentava lutar contra meu próprio corpo e mente diante de tal situação que exigia a minha calma.
–– Vamos ver se você se importa ou não … –– Sua serenidade enquanto bebia sua xícara de chá quente fazia meu corpo se estremecer de ódio, ao pensar no Seungri não consegui me conter, já estava tudo acabado, Seungri me odiava e a única coisa que eu podia fazer é não colocá-lo diante dos meus problemas e negócios, ao pensar em nele uma lágrima escapou pelo canto do meu olho esquerdo.
–– Quando eu vou para os Estados Unidos ? 
–– Isso é para o seu bem querida.

                   Naquele momento eu fora totalmente absorvida para o mundo do meu pai, mesmo se o dinheiro do meu pai estendesse a minha vida mais uma vez eu teria que me fechar do mundo, aprender tudo sobre a empresa, minha mente seria coberta por política e administração, me casaria com o homem que iriam escolher e ao lhe dar um herdeiro minha função teria acabado e eu seria descartável, uma vida nada merecedora de nenhuma jovem de 22 anos. Magoei Seungri e nunca poderia pedir desculpas e falar minhas razões, nunca poderia lhe agradecer pelo que seu riso e abraço me proporcionou, não teria mais oportunidade de ter um momento o qual eu poderia ser totalmente verdadeira sobre as minhas dores e seria mimada por elas, não poderia lhe apoiar, nunca mais eu falaria que eu o amava. Ryuuji, Kim, Daesung, Young Bae, Seung Hyun e até o esquisito do Ji Yong, jamais os veria novamente, estava na hora de me despedir, de me desligar do melhor momento da minha vida, dos meses que realmente vivi e não apenas senti dor. Agora eu fecho os olhos sem saber do meu amanhã e com a certeza de que minha história de amor acabara. 

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