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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

What Can I Do - Parte 35



                    Não tive uma reação certa, meus olhos não desgrudavam daquela pequena imagem na tela da televisão, haviam alguns sons ao meu redor, porém irreconhecíveis aos meus ouvidos no momento, provavelmente eram Young Bae e Ji Yong.  Minha cabeça nunca esteve tão confusa, no momento da nossa separação existia um alvoroço diferente, era eu mesmo resistindo e relutando diante daquela mentira que ferira meu orgulho, era um amor maior e sentia raiva por isso, uma repulsão da minha atitude diante daquela situação, egoísta e infantil, mas assim funciona os humanos. Senti um frio e uma inquietação na barriga, já faziam tempos sem sentir tudo aquilo, ela estava viva, porém todos os sorrisos eram falsos, sua feição estava amargurada, senti uma dor ao ver seu rosto expressando uma falsa ideia de felicidade e saúde. Aqueles três minutos de imagens na televisão foram iguais a uma hora. Me levantei rapidamente pegando apenas um casaco e um sapato, queria esclarecer tudo, eu necessitava saber o que aconteceu com ela durante esses anos, como ela estava. Abri a porta em uma arrancada, já estava no elevador quando percebi Young Bae e Ji Yong me acompanhando.

- Hyungs ? S-só vou dar uma saída. - Gaguejei um pouco ao pensar em uma resposta.
- Você tá achando que somos idiotas? - Ji Yong proferiu.
- Também quero rever a Chibi. 
- Também tenho que te impedir de fazer alguma merda, ainda estamos no meio de uma turnê. Aonde estamos indo ? - Fiquei surpreso com o apoio discreto de Ji Yong.
- Para a emissora … qual emissora era mesmo ? - Minha cabeça estava em branco.
- HBK, como pode esquecer disso ? - Young Bae dizia no mesmo tom em que me chamaria de burro.
- Estou meio perturbado agora ok ?

                    Realmente estava. Arranjamos um carro e seguimos para a emissora, ela deveria estar lá pois agora era herdeira do lugar, minhas mãos suavam ao imaginar o nosso possível reencontro. Young Bae estava empolgado e Ji Yong preocupado, pois de alguma forma afetava o grupo todo, quando Seung Hyun soubesse, como agiria ? Qual seria sua reação ? O caminho foi estressante, Young Bae se perdeu no caminho e acabei discutindo com ele, não pude evitar, me sentia mentalmente estressado e ansioso. A entrada na HBK fora tranquila graças a nossa fama de “ídolos”, porém vinha o lado negativo, cumprimentar e conversar com todo o pessoal enquanto meus olhos observavam ao redor a procura de uma só pessoa. Todas aquelas formalidades estavam entre nós, atrasando minha emoções, atrapalhando minha razão, de alguma forma consegui sair do tumulto de forma discreta ou ao menos achava isso, peguei o elevador, normalmente a sala de cargos maiores se posicionavam na parte superior do prédio, no meio da minha busca pude ver uma silhueta semelhante ao fim do corredor da pessoa procurada, ela estava com as mesmas roupas sérias e sem graça do discurso na televisão, seu cabelo estava opaco e na altura dos ombros, sua pele pálida e emergida em melancolia, ela estava ao lado de um grupo de velhos engravatados, corri para tentar alcança-la, na última esperança chamei por seu nome e como em um sonho eu havia sido ignorado e minhas mãos fora de alcance desenhavam nossa distância. Corri para o elevador e desci pelas escadas a fim de confronta-la, porém só pude vê-la fugir novamente enquanto suspirava profundamente dentro de um carro preto clássico de empresários e milionários. Respirei fundo e recusei desistir, corri até o carro, iria até sua casa, ela não teria escapatória, seria o fim das dúvidas, o meio para a organização dos meus sentimentos. Cheguei a mansão rapidamente deixando Young Bae e Ji Yong para trás, lidaria com suas palavras mais tarde. Parei na entrada a qual eu sempre parava e esperava nos últimos dois anos, ainda não sabia como prosseguir, respirei fundo e apertei a campainha, apenas imagens de sua face passavam por mim, o depois seria uma surpresa. Um homem de preto da segurança me abordou, perguntou por informações, depois de entrar em contato com a equipe no interior da casa minha entrada foi liberada, em todos os meus anos estando como grupo mais bem sucedido da minha agência depois do Presidente Yang nunca havia me sentido tão inferior em questão patrimonial como naquele terreno, me senti um vagabundo atrás de uma burguesa, era excitante e estranho ao mesmo tempo. Meus pensamentos oscilavam entre um plano de encontra-la e cenários inúteis e impossíveis. Ao entrar na casa fui acompanhado por alguém parecido com um mordomo, um modelo de casa clássico para os ricos desde o século passado, tive que esperar dentro de um escritório, seu design parecia daqueles de novela asiática, nesse cenário eu estaria namorando uma Chaebol ? Me senti mais pressionado de repente, minha perna inquieta denunciava totalmente meu estado de espírito, eu não estava ali para pedir a mão de Aiya, porém não deixava de ser meu primeiro encontro com o sogro … na realidade ex ? Não sabia mais como definir nossa relação e isso me deixava desconfortável. Levantei instável ao ouvir o estralo da porta, um homem engravatado com uma feição forte entrou, me curvei seguindo as regras de polidez, estendi a mão para cumprimenta-lo e fui convidado a sentar. 

- O que o traz aqui ? - Ele sorriu um pouco para parecer educado. 
- Como membro do BIGBANG vim cumprimentar o CEO da emissora que promoveremos nosso comeback. Em breve receberá um presente. - Sorri profissionalmente.
- Não precisávamos disso, eu que agradeço a audiência que seu grupo nos trás. - Ele pediu chá para nós e continuou. - Achei que o líder era …
- Sim, Jiyongie, posso dizer que só no nome, eu gosto de tomar a parte mais profissional do líder. 

                    Sem perceber já estava tentando mostrar serviço para o pai da menina alvo. Conversei formalmente e sobre o trabalho com ele, minhas costas doíam com a rigidez da tensão, de alguma forma o assunto acabou e era a hora de me retirar, sai do escritório olhando ao redor da casa, fui questionado sobre minhas ações e a desculpa clássica foi a necessidade de um banheiro, até o banheiro daquela casa era extravagante, Seung Hyun Hyung que iria gostar. Lavei o rosto e as mãos e fiquei uns minutos pensando em como encontra-la. Sai do lavatório já analisando a área, mas o mordomo já estava a minha espera para me acompanhar até a saída, fui meio burro de pensar que conseguiria sair procurando ela pela casa como se fosse a nossa. 

- Aguarde um momento Lee-san. - Hibiki Takashi me parou por um momento. - Está é minha filha, a futura presidente da HBK TV.  - Aiya, era Aiya. Não consegui conter meu sorriso, era realmente ela. Estendi a mão para saber se era mesmo real.
- E-está tudo bem ? - Meu entusiasmo estava a mil, finalmente eu consegui vê-la. Porém tudo durou menos de um minuto, minha mão ficou no ar, ela apenas se curvou como se eu fosse um desconhecido, pediu licença e subiu as escadas.
- Me desculpe, ela está um pouco ocupada, bem, me desculpe tomar seu tempo.

                    Não podia acreditar no que havia acabado de acontecer, ela me ignorara completamente, sendo que ela foi a única a mentir, a única a fugir, eu estava me sentindo traído e enfurecido, agora eu tinha que tirar as contas de uma vez por todas. Aproveitei o mordomo ocupado e disse que podia ir até a saída eu mesmo. No meio do caminho até o portão eu me infiltrei pelo grande jardim da mansão e tentei encontrar o que parecia ser sua sacada, me agachei ali e esperei escurecer para não ser descoberto. Depois de algumas horas ali comecei a escalar a árvore para alcançar o quarto da “princesa”, foi um pouco difícil, mas consegui chegar ao meu objetivo. Me infiltrei em seu quarto, ela não estava ali, dei breves passos e aquele cheiro nostálgico me atingiu, o aroma de seu perfume e suas coisas que costumavam ficar em nosso pequeno apartamento, ouvi sua voz pelo corredor e me escondi atrás da cama, tinha que aborda-la de uma forma a não chamar atenção do resto da casa. Ela suspirou com vários papéis em mãos, quando se virou para fechar a porta eu a abordei por trás tampando sua boca com as mãos. 

- Calma sou eu ! - Sussurrei para que não se desesperasse. Ela me mordeu e eu a soltei. - AI!
- O que está fazendo aqui ? - Ela parecia perturbado.
- Só quero que esclareça as coisas, você mentiu para mim e fugiu, nem deu uma explicação! E agora me ignora ! 
- Sim, então saia daqui por onde entrou. - Ela estava fria, parecia frágil mas tentava ser rígida e seus olhos evitavam os meus.
- Vamos conversar, sabe quanto tempo esperei para isso ? Dois anos ! Estou ali no jardim fazem horas tudo para poder falar com você!
- Não pedi nada disso para você, então saia. - Ela tentava me empurrar para  sacada, sua força não havia mudado em nada. 
- Eu sei que você não está sendo sincera. 
- Para de ser idiota, não vê que estou tentando te afastar ? Desiste ! Eu sou mentirosa e fugi de tudo, não penso em mais nada do que aconteceu naquela época ! - Seus braços estavam trêmulos e sua cabeça baixa.
- Porque eu não consigo acreditar em suas palavras ? Olhe nos meus olhos e diga que me odeia e quer que eu vá embora e nunca mais volte. - Coloquei as mãos em sua face e encostei nossas testas, direcionando meu olhar para o dela. Eu sentia raiva e sentia que não queria solta-la nunca mais. 

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